terça-feira, 9 de abril de 2013

Uma história do Windows

Destaques dos primeiros 25 anos

1975 - 1981: a Microsoft deslancha

Início: Paul Allen (à esquerda) e Bill Gates, cofundadores da Microsoft Início: Paul Allen (à esquerda) e Bill Gates, cofundadores da Microsoft
Estamos na década de 1970. No trabalho, usamos máquinas de escrever. Se nós precisarmos copiar um documento, provavelmente vamos usar um mimeógrafo ou papel carbono. Poucas pessoas ouviram falar de microcomputadores, mas dois jovens entusiastas do assunto, Bill Gates e Paul Allen, percebem que a computação pessoal é o caminho para o futuro.
Em 1975, Gates e Allen formam uma parceria chamada Microsoft. Como a maioria das start-ups, a Microsoft começa pequena, mas com uma grande visão - um computador em cada mesa e em cada casa. Nos anos seguintes, a Microsoft começa a mudar o jeito como trabalhamos.

O surgimento do MS-DOS

Em junho de 1980, Gates e Allen contratam um antigo colega de classe de Gates em Harvard, Steve Ballmer, para ajudar a cuidar da companhia. No mês seguinte, a IBM faz contato com a Microsoft sobre um projeto com o codinome "Chess" ("Xadrez"). Em resposta, a Microsoft se concentra em um novo sistema operacional — o software que gerencia, ou controla, o hardware do computador e também serve para fazer a ligação entre o hardware e os programas, como processadores de texto. É a base na qual os programas de computador podem funcionar. Eles chamaram o novo sistema operacional de "MS-DOS".
Quando o IBM PC com MS-DOS começou a ser vendido, em 1981, ele apresentou uma linguagem totalmente nova para o público geral. Digitar “C:” e vários outros comandos "enigmáticos" gradualmente começou a fazer parte do nosso dia a dia. As pessoas descobriram a tecla da barra invertida (\).
O MS-DOS é eficiente, mas ele também acaba sendo difícil de entender, para muitas pessoas. Tem que haver um jeito melhor de fazer um sistema operacional.
Trívia geek: MS‑DOS significa Sistema Operacional em Disco da Microsoft.

1982 - 1985: Apresentando o Windows 1.0

A área de trabalho do Windows 1.0
Microsoft A trabalha na primeira versão de um novo sistema operacional. Interface Manager é o codinome, considerado o nome final, mas Windows acaba sendo escolhido, pois descreve melhor as caixas ou "janelas" de computação que são fundamentais para o novo sistema. O Windows é anunciado em 1983, mas demora um pouco para ser desenvolvido. Os céticos o chamam de "vaporware" (software anunciado, mas nunca desenvolvido).
A embalagem do Windows 1.0A embalagem do Windows 1.0
Em 20 de novembro de 1985, dois anos após o anúncio inicial, a Microsoft começa a vender o Windows 1.0. Agora, em vez de digitar comandos do MS-DOS, basta mover o mouse para apontar e clicar nas telas ou "janelas". Bill Gates afirma que "é um software único, projetado para aqueles que realmente usam computador..."
Há menus suspensos, barras de rolagem, ícones e caixas de diálogo que deixam os programas mais fáceis de aprender e usar. Você pode alternar entre vários programas sem precisar sair e reiniciar cada um. O Windows 1.0 vem com vários programas, incluindo o gerenciamento de arquivos MS‑DOS, o Paint, o Windows Writer, o Bloco de Notas, a Calculadora, um calendário, um arquivo de cartões e um relógio, para ajudar você a gerenciar as atividades do dia a dia. Tem até um jogo - Reversi.
Trívia geek: lembra-se dos discos flexíveis e dos quilobytes? O Windows 1.0 requer um mínimo de 256 KB (quilobytes), duas unidades de disquete de dupla face e uma placa de adaptador gráfico. Para executar vários programas ou usar o DOS 3.0 ou superior, recomenda-se um disco rígido e 512 KB de memória.

1987 - 1992: Windows 2.0–2.11 — Mais janelas, mais velocidade

A área de trabalho do Windows 2.0
Em 9 de dezembro de 1987, a Microsoft lança o Windows 2.0 com ícones de área de trabalho e memória expandida. Com maior suporte a gráficos, você pode sobrepor janelas, controlar o layout da tela e usar atalhos de teclado para agilizar o seu trabalho. Alguns desenvolvedores de software escrevem seus primeiros programas baseados em Windows para este lançamento.
Windows 2.0 Windows 2.0
Windows 2.0 O foi desenvolvido para o processador Intel 286. Quando o processador Intel 386 é lançado, o Windows/386 vem logo em seguida, para aproveitar os recursos de memória estendida. As versões subsequentes do Windows continuam a melhorar a velocidade, a confiabilidade e a usabilidade do PC.
Em 1988, a Microsoft se torna a maior companhia de software para PCs do mundo, com base em suas vendas. Os computadores começam a se tornar parte do cotidiano de alguns escritórios.
Trívia geek: o Painel de Controle aparece pela primeira vez no Windows 2.0.

1990 - 1994: Windows 3.0Windows NT — chegam os elementos gráficos

A área de trabalho do Windows 3.0
Em 22 de maio de 1990, a Microsoft anuncia o Windows 3.0, seguido rapidamente pelo Windows 3.1 em 1992. Juntos, eles vendem 10 milhões de cópias nos dois primeiros anos. O sistema operacional Windows passa a ser o mais usado até então. Tamanho sucesso faz com que a Microsoft repense seus planos anteriores. A Memória Virtual melhora os gráficos. Em 1990, o Windows começa a se parecer com as versões que viriam depois.
Windows O , agora, tem um desempenho significativamente melhor, gráficos avançados com 16 cores e ícones aperfeiçoados. Uma nova onda de PCs 386 ajuda a aumentar a popularidade do Windows 3.0. Com suporte total ao processador Intel 386, os programas funcionam muito mais rápido. O Gerenciador de Programas, o Gerenciador de Arquivos e o Gerenciador de Impressão são apresentados no Windows 3.0.
Bill Gates mostra o recém-lançado Windows 3.0Bill Gates mostra o recém-lançado Windows 3.0
Windows O é instalado através de disquetes adquiridos em grandes caixas, com pesados manuais de instrução.
A popularidade do Windows 3.0 cresce com o lançamento de um novo kit para desenvolvimento de software (software development kit, SDK) para Windows, que ajuda os desenvolvedores a se concentrarem mais em escrever programas e menos em escrever drivers de dispositivo.
Windows O é cada vez mais usado em casa e no trabalho, e agora vem com jogos como Paciência, Espadas e Campo Minado. Um anúncio: “Agora, você pode usar o incrível poder do Windows 3.0 para relaxar no trabalho.”
Windows O for Workgroups 3.11 vem com suporte a grupos de trabalho ponto a ponto e redes em domínio e, pela primeira vez, os PCs se tornam uma parte integrante da evolução da computação cliente/servidor emergente.

Windows NT

Quando o Windows NT é lançado, em 27 de julho de 1993, a Microsoft alcança um importante marco: a conclusão de um projeto iniciado no final da década de 1980, para construir um novo e avançado sistema operacional a partir do zero. "O Windows NT representa nada menos do que uma mudança fundamental no jeito como as empresas podem cuidar de suas necessidades de computação comercial", afirma Bill Gates no lançamento.
Diferente do Windows 3.1Windows NT, entretanto, o 3.1 é um sistema operacional de 32 bits, o que faz dele uma plataforma de negócios estratégica que suporta os mais avançados programas técnicos e científicos.
Trívia geek: o grupo que desenvolve o Windows NT era originalmente chamado de equipe de "Sistemas Portáteis".

1995 - 2001: Windows 95 — o computador atinge a maioridade (e não se esqueça da Internet)

A área de trabalho do Windows 95
Em 24 de agosto de 1995, a Microsoft lança o Windows 95, estabelecendo um recorde de 7 milhões de cópias vendidas nas primeiras cinco semanas. É o lançamento da Microsoft com mais publicidade, até então. Os comerciais de televisão trazem os Rolling Stones cantando "Start Me Up" com imagens do novo botão Iniciar (em inglês, "Start"). O press release começa simplesmente dizendo: “Chegou.”
Dia de lançamento: Bill Gates apresenta o Windows 95 Dia de lançamento: Bill Gates apresenta o Windows 95
É a era do fax/modem, do email, do novo mundo online e dos incríveis jogos multimídia e softwares educacionais. O Windows 95 tem suporte integrado à Internet, à rede de conexão discada e a novos recursos Plug and Play que permitem instalar facilmente hardware e software. O sistema operacional de 32 bits também oferece multimídia aperfeiçoada, mais recursos para computação móvel e redes integradas.
Quando o Windows 95 foi lançado, os sistemas operacionais Windows e MS‑DOS anteriores estavam presentes em cerca de 80% dos computadores do mundo. O Windows 95 é a atualização desses sistemas operacionais. Para usar o Windows 95, você precisa de um PC com um processador 386DX ou superior (recomenda-se um 486) e, pelo menos, 4 MB de RAM (recomendam-se 8 MB de RAM). As versões para atualização estão disponíveis tanto em disquete quanto em CD-ROM. O sistema está disponível em 12 idiomas.
Windows 95 O marca a primeira aparição do menu Iniciar, da barra de tarefas e dos botões minimizar, maximizar e fechar em cada janela.
Windows 95 Windows 95

Pegando a onda da Internet

No início dos anos 90, o pessoal que entendia mais de tecnologia estava falando sobre a Internet - uma rede de redes que poderia conectar computadores por todo o mundo. Em 1995, Bill Gates escreve um memorando chamado "The Internet Tidal Wave" ("A Gigantesca Onda da Internet", em que declara que a Internet é "o mais importante avanço desde o advento do PC."
No segundo semestre de 1995, é lançada a primeira versão do Internet Explorer . O navegador se junta àqueles que competiam por espaço na Internet.
Trívia geek: em 1996, a Microsoft lança o Flight Simulator para Windows 95, pela primeira vez, em seus 14 anos, disponibilizado para o Windows.

1998 - 2000: Windows 98, Windows 2000, Windows Me

Windows 98

A área de trabalho do Windows 98
Lançado em 25 de junho de 1998, o Windows 98 é a primeira versão do Windows projetada especificamente para os consumidores. Os computadores já imperam no trabalho e nas residências, e as cafeterias, onde se pode usar a Internet, começam a surgir. O Windows 98 é descrito como um sistema operacional que “funciona melhor”.
Com o Windows 98, você pode achar informações mais facilmente, tanto no seu PC quanto na Internet. Outras melhorias incluem a capacidade de abrir e fechar programas mais rapidamente e suporte para leitura de DVDs e dispositivos USB (barramento serial universal). Outro item que aparece nessa versão é a barra de Início rápido, que permite que você execute programas sem ter que navegar pelo menu Iniciar ou procurar por ele na área de trabalho.
Trívia geek: o Windows 98 é a última versão baseada em MS‑DOS.
Windows 98 Windows 98

Windows Me

A experiência de mídia do Windows Me
Projetado para uso doméstico, o Windows Me vem com vários aperfeiçoamentos em música, vídeo e rede doméstica, além de melhorias em confiabilidade, quando comparado com as versões anteriores.
Primeiras aparições: a Restauração do Sistema, um recurso que permite reverter a configuração de software do computador para uma data ou hora anterior a um problema ocorrido. O Movie Maker oferece, aos usuários, as ferramentas para editar, salvar e compartilhar digitalmente vídeos domésticos. E, com as tecnologias do Microsoft Windows Media Player 7, você pode localizar, organizar e reproduzir mídia digital.
Trívia geek: tecnicamente falando, o Windows Me foi o último sistema operacional da Microsoft a ser feito em cima do código-base do Windows 95. A Microsoft anuncia que todos os futuros produtos de sistema operacional seriam baseados no kernel do Windows NT e do Windows 2000.

Windows 2000 Professional

Windows 2000 Professional Windows 2000 Professional
Mais do que apenas uma atualização para o Windows NT Workstation 4.0, o Windows 2000 Professional foi feito para substituir o Windows 95, o Windows 98 e o Windows NT Workstation 4.0 em todos os desktops e laptops comerciais. Feito em cima do confiável código-base do Windows NT Workstation 4.0, o Windows 2000 traz grandes aperfeiçoamentos em estabilidade, facilidade de uso, compatibilidade com a Internet e suporte a computação móvel.
Dentre outros aperfeiçoamentos, o Windows 2000 Professional simplifica a instalação de hardware, adicionando suporte a uma vasta gama de novo hardware Plug and Play, incluindo dispositivos de rede e sem fio avançados, dispositivos USB, IEEE 1394 e infravermelhos.
Trívia geek: o teste de estresse noturno executado no Windows 2000 durante o desenvolvimento equivale a três meses de tempo de execução em até 1.500 computadores.

2001 - 2005: Windows XP — estável, utilizável e rápido

A área de trabalho do Windows XP Home Edition
Em 25 de outubro de 2001, o Windows XP é lançado com um visual redesenhado, centrado na usabilidade, e um centro de serviços de Ajuda e Suporte unificado. O sistema está disponível em 25 idiomas. Desde o meio da década de 1970 até o lançamento do Windows XP, cerca de 1 bilhão de computadores foram vendidos no mundo todo.
Para a Microsoft, o Windows XP se tornará um de seus produtos mais vendidos nos anos seguintes. Ele é rápido e estável. Navegar pelo menu Iniciar, pela Barra de tarefas e pelo Painel de controle é mais intuitivo. As pessoas estão mais conscientes sobre vírus de computador e hackers, mas, até certo ponto, os medos são acalmados com a entrega online de atualizações de segurança. Os clientes começam a compreender os avisos sobre anexos suspeitos e vírus. Há mais ênfase na Ajuda e Suporte.
Embale-o: o Windows XP Professional parte para as lojas Embale-o: o Windows XP Professional parte para as lojas
Windows XP O Home Edition oferece um visual mais limpo, simplificado que deixa os recursos mais usados facilmente acessíveis. Projetado para uso doméstico, o Windows XP oferece aperfeiçoamentos como o Assistente para Configuração de Rede, o Windows Media Player, o Windows Movie Maker e recursos aperfeiçoados para fotos digitais.
O Windows XPWindows 2000 Professional traz as bases sólidas do aos desktops, aperfeiçoando a confiabilidade, a segurança e o desempenho. Com um visual novo, o Windows XP Professional inclui recursos para empresas e computação doméstica avançada, incluindo suporte a área de trabalho remota, um sistema de arquivos com criptografia e recursos de restauração do sistema e redes avançadas. Os principais aperfeiçoamentos para os usuários móveis incluem suporte a redes sem fio 802.1x, o Windows Messenger e a Assistência Remota.
Windows XP O teve várias edições, nesses anos todos:
  • O Windows XPMicrosoft 64-bit Edition (2001) é o primeiro sistema operacional da para processadores de 64 bits, projetado para trabalhar com grandes quantidades de memória e projetos como efeitos especiais para filmes, animações 3D, engenharia e programas científicos.
  • Windows XP O Media Center Edition (2002) foi feito para computação e entretenimento domésticos. Você pode navegar pela Internet, assistir a televisão ao vivo, curtir músicas e vídeos digitais e assistir a DVDs.
  • Windows XP O Tablet PC Edition (2002) traz a visão da computação baseada em caneta. Os Tablet PCs vêm com uma caneta digital, para reconhecimento de manuscrito, mas você pode usar o mouse e o teclado, também.
Trívia geek: o Windows XP foi compilado de 45 milhões de linhas de código.

2006 - 2008: Windows Vista — segurança inteligente

A área de trabalho do Windows Vista
Windows Vista O é lançado em 2006 com o sistema de segurança mais forte já visto. O Controle de Conta de Usuário ajuda a evitar que programas potencialmente nocivos façam alterações no seu computador. No Windows Vista Ultimate, a Criptografia de Unidade de Disco BitLocker fornece melhor proteção de dados para seu computador, à medida que as vendas de notebooks e as necessidades de segurança aumentam. O Windows Vista também apresenta melhorias no Windows Media Player, pois, cada vez mais, as pessoas passam a ver seus computadores como local central de mídia digital. Nele, você pode assistir à televisão, exibir e enviar fotos e editar vídeos.
Windows Vista Ultimate Windows Vista Ultimate
O design tem um papel importante no Windows Vista, e recursos como a barra de tarefas e as margens das janelas ganham um visual novo em folha. A pesquisa ganha nova ênfase e ajuda as pessoas a encontrarem arquivos em seus computadores mais rápido. O Windows Vista apresenta novas edições, cada qual com diferentes combinações de recursos. O sistema está disponível em 35 idiomas. O botão Iniciar redesenhado aparece pela primeira vez no Windows Vista.
Trívia geek: mais de 1,5 milhão de dispositivos eram compatíveis com o Windows Vista no lançamento.

2009: Windows 7

A área de trabalho do Windows 7
O Windows 7 foi criado para o mundo sem fio, que chega no final do ano 2000. Quando o novo sistema operacional foi lançado, os notebooks vendiam mais do que os desktops. Está na moda usar a Internet em pontos públicos de acesso sem fio, como as cafeterias, e em redes privadas sem fio nas residências.
O Windows 7 incluía novas maneiras de trabalhar com janelas, como os recursos de ajuste, espiada e tremulação, que melhoravam a funcionalidade e tornavam o uso da interface mais divertido. Ele também marcou o início do Windows Touch, que permitia aos usuários com tela sensível ao toque navegar pela Internet, ver fotos e abrir arquivos e pastas.
Os aperfeiçoamentos do Windows 7 incluem visualizações em miniatura dinâmicasOs aperfeiçoamentos do Windows 7 incluem visualizações em miniatura dinâmicas
Trívia geek: antes de ser lançado, o Windows 7 foi avaliado por 8 milhões de beta testers no mundo todo.

2012: Windows 8

Um computador com o Windows 8
O Windows 8 é o Windows reinventado, desde o chipset até a experiência do usuário. Ele funciona como tablet, para diversão, e como computador totalmente equipado, para maior produtividade. Ele apresenta uma interface totalmente nova, para toque e para uso com mouse e teclado. O Windows 8 também inclui melhorias na familiar área de trabalho do Windows, com uma nova barra de tarefas e o gerenciamento otimizado de arquivos.
O Windows 8 apresenta uma tela inicial com blocos que conectam a pessoas, arquivos, aplicativos e sites. Os aplicativos são o destaque. Existe um novo local de onde se pode baixá-los, a Windows Store, posicionada logo na tela inicial.
Com o Windows 8, a Microsoft também lançou o Windows RT, que roda em alguns tablets e computadores. O Windows RT foi projetado para dispositivos elegantes, com bateria de longa duração, e só executa aplicativos da Windows Store. Ele também vem com uma versão integrada do Office, otimizada para telas sensíveis ao toque.
Trívia geek: usuários avançados perceberão que o Windows 8 tornou a detecção e a correção de erros do sistema de arquivos mais transparentes e menos intrusivas.

Componentes de um computador

Se utilizar um computador de secretária, é provável que já saiba que não existe um só componente chamado "computador". Na realidade, um computador é um sistema que consiste em vários componentes que trabalham em conjunto. Os componentes físicos, que pode ver e tocar, são colectivamente chamados hardware. (Por outro lado, software refere-se às instruções, ou programas, que comandam o hardware.)
A ilustração abaixo mostra o hardware mais comum presente num sistema informático de secretária. O seu sistema pode ter um aspecto ligeiramente diferente, mas terá provavelmente a maior parte destes componentes. Um computador portátil tem componentes semelhantes, mas combina-os num sistema de dimensões reduzidas.
Imagem de um computador de secretáriaSistema informático de secretária
Vamos observar cada um destes componentes.

Unidade de sistema

A unidade de sistema é o núcleo de um sistema informático. Normalmente, trata-se de uma caixa rectangular colocada em cima ou em baixo da sua secretária. No interior desta caixa encontram-se vários componentes electrónicos que processam informações. O mais importante destes componentes é a CPU (central processing unit), ou microprocessador, que funciona como "cérebro" do computador. Outro componente é a RAM (random access memory), que armazena temporariamente as informações utilizadas pela CPU enquanto o computador está ligado. As informações armazenadas na RAM são apagadas quando o computador é desligado.
Praticamente todos os outros componentes do computador estão ligados por cabos à unidade de sistema. Os cabos encontram-se ligados a portas (aberturas) específicas, que se encontram normalmente na parte posterior da unidade de sistema. O hardware que não faz parte da unidade de sistema é, por vezes, chamado dispositivo periférico ou dispositivo.
Imagem de uma unidade de sistemaUnidade de sistema

Armazenamento

O computador tem uma ou mais unidades de disco (dispositivos que armazenam informações num disco de metal ou plástico). O disco preserva as informações mesmo quando o computador está desligado.

Unidade de disco rígido

A unidade de disco rígido do computador armazena informações num disco rígido, um disco ou uma pilha de discos rígidos com uma superfície magnética. Visto que os discos rígidos podem conter grandes quantidades de informações, estes servem normalmente suporte de armazenamento principal do computador, contendo praticamente todos os programas e ficheiros. A unidade de disco rígido encontra-se normalmente no interior da unidade de sistema.
Imagem de uma unidade de disco rígidoUnidade de disco rígido

Unidades de CD e DVD

Praticamente todos os computadores actual estão equipados com uma unidade de CD ou DVD, normalmente localizada na parte frontal da unidade de sistema. As unidades de CD utilizam lasers para ler (obter) dados num CD; muitas unidades de CD também podem escrever (gravar) dados em CDs. Se tiver uma unidade de disco gravável, pode guardar cópias dos ficheiros em CDs vazios. Também pode utilizar uma unidade de CD para reproduzir CDs de música no computador.
Imagem de um CDCD
As unidades de DVD podem fazer tudo o que as unidades de CD fazem e, para além disso, podem ler DVDs. Se tiver uma unidade de DVD, pode ver filmes no computador. Muitas unidades de DVD podem gravar dados em DVDs vazios.

Sugestão

  • Se tiver uma unidade de CD ou DVD gravável, efectue periodicamente cópias de segurança dos ficheiros importantes em CDs ou DVDs. Deste moto, se o disco rígido falhar, não perderá dados.

Unidade de disquetes

As unidades de disquetes guardam informações em disquetes, também chamadas discos flexíveis. Comparativamente aos CDs e DVDs, as disquetes só permitem armazenar pequenas quantidades de dados. As disquetes também obtêm informações mais lentamente e são mais susceptíveis a danos. Por estes motivos, as unidades de disquetes perderam a popularidade que tinham há alguns anos atrás, apesar de alguns computadores ainda as incluírem.
Imagem de uma disqueteDisquete
Porque é que as disquetes são "flexíveis"? Apesar da superfície exterior ser feita de plástico rígido, o disco existente no interior é fabricado em vinil fino e flexível.

Rato

Um rato é um pequeno dispositivo utilizando para apontar e seleccionar itens no ecrã do computador. Apesar de os ratos terem várias formas, o rato típico tem um aspecto que lembra um rato propriamente dito. É pequeno, oblongo e está ligado à unidade de sistema por um cabo comprido que lembra uma cauda. Alguns ratos mais recentes não têm fios.
Imagem de um ratoRato
Normalmente, um rato tem dois botões: o botão principal (normalmente o botão esquerdo) e um botão secundário. Muitos ratos também têm uma roda entre os dois botões, o que lhe permite deslocar facilmente ecrãs de informações.
Imagem de ponteiros do rato
Quando move o rato com a mão, um ponteiro existente no ecrã move-se na mesma direcção. (O aspecto do ponteiro pode mudar, dependendo do respectivo posicionamento no ecrã.) Quando pretender seleccionar um item, aponte para o item e, em seguida, clique (prima e solte) o botão principal. Apontar e clicar com o rato é o modo principal de interacção com o computador.

Teclado

O teclado é principalmente utilizado para escrever texto no computador. Tal como o teclado de uma máquina de escrever, o teclado do computador tem teclas para letras e números, mas também possui teclas especiais:
  • As teclas de função, localizadas na linha superior, efectuam funções diferentes dependendo do local onde são utilizadas.
  • O teclado numérico, localizado do lado direito da maior parte dos teclados, permite-lhe introduzir números rapidamente.
  • As teclas de navegação, tais como as teclas de seta, permitem-lhe mudar o posicionamento num documento ou página Web.
Imagem de um tecladoTeclado
Também pode utilizar o teclado para efectuar muitas das funções que pode efectuar com um rato.

Monitor

O monitor apresenta informações de forma visual, utilizando texto e gráficos. A parte do monitor que apresenta as informações é chamada ecrã. Tal como o ecrã de um televisor, o ecrã do computador pode mostrar imagens fixas ou em movimento.
Existem dois tipos básicos de monitores: Monitores CRT (cathode ray tube) e monitores LCD (liquid crystal display). Ambos os tipos produzem imagens nítidas, mas os monitores LCD têm a vantagem de ser muito mais finos e leves. No entanto, os monitores CRT são menos dispendiosos, de uma maneira geral.
Imagem de um monitor LCD e um monitor CRTMonitor LCD (à esquerda); monitor CRT (à direita)

Impressora

Uma impressora transfere dados do computador para papel. Não necessita de uma impressora para utilizar o computador, mas se tiver uma poderá imprimir mensagens de correio electrónico, cartões, convites, anúncios e outro material. Muitas pessoas também apreciam a possibilidade de poderem imprimir fotografias em casa.
Os dois tipos principais de impressão são as impressoras de jacto de tinta e as impressoras laser. As impressoras de jacto de tinta são as impressoras domésticas mais populares. Estas impressoras permitem imprimir a preto e branco ou a cores e podem produzir fotografias de alta qualidade, quando utilizadas com papel especial. As impressoras laser são mais rápidas e suportam melhor uma utilização intensiva, de uma maneira geral.
Imagem de uma impressora de jacto de tinta e uma impressora laserImpressora de jacto de tinta (à esquerda); impressora laser (à direita)

Altifalantes

Os altifalantes são utilizados para reproduzir som. Os altifalantes podem estar integrados à unidade de sistema ou ligados a esta por intermédio de cabos. Os altifalantes permite-lhe ouvir música e efeitos sonoros produzidos pelo computador.
Imagem de altifalantesAltifalantes do computador

Modem

Para ligar o computador à Internet, necessita de um modem. Um modem é um dispositivo que envia e recebe informações através de uma linha telefónica ou cabo de alta velocidade. Os modems estão por vezes integrados na unidade de sistema, mas os modems de velocidades mais elevadas são, normalmente, componentes separados.
Imagem de um modem de caboModem de cabo

                

                       Sistemas Operacionais


Um sistema operativo ou sistema operacional ou ainda software de sistema é um programa ou um conjunto de programas cuja função é gerenciar os recursos do sistema (definir qual programa recebe atenção do processador, gerenciar memória, criar um sistema de arquivos, etc.), fornecendo uma interface entre o computador e o usuário. Embora possa ser executado imediatamente após a máquina ser ligada, a maioria dos computadores pessoais de hoje o executa através de outro programa armazenado em uma memória não-volátil ROM chamado BIOS num processo chamado "bootstrapping", conceito em inglês usado para designar processos auto-sustentáveis, ou seja, capazes de prosseguirem sem ajuda externa. Após executar testes e iniciar os componentes da máquina (monitores, discos, etc), o BIOS procura pelo sistema operacional em alguma unidade de armazenamento, geralmente o Disco Rígido, e a partir daí, o sistema operacional "toma" o controle da máquina. O sistema operacional reveza sua execução com a de outros programas, como se estivesse vigiando, controlando e orquestrando todo o processo computacional.


Os sistemas operacionais mais utilizados no Mundo

Nome Fundação/Empresa Ano de lançamento Versão mais recente Percentagem Utilizadores
Windows Microsoft 2013 Windows 8 88.90%[2] 400 milhões[2]
OS X Apple Inc. 2001 OS X v10.8 "Mountain Lion" 5.54%[2] 22,5 milhões[2]
Sistemas baseados em Linux Linux Foundation 1991 Linux Kernel 3.8 2,13%[2] 8,5 milhões[2]

         

                         Origem dos Blogs

Com origens incertas, o blog é como a avalanche dos espaços na internet. Todos os relatos de servidores web que começaram a usar “logs” em codificação HTML, o hipertexto, remontam ao ano de 1999. Um homem fanático por tecnologia, a literatura irlandesa de James Joyce e inteligência artificial da informática lançou o primeiro web log, os dois termos que, flexionados, geram a palavra blog. Nome dele? Jorn Barger. Seu site chama-se Robot Wisdom, com vários textos opinativos, denominados como posts ou postagens. A publicação foi a primeira a usar o termo blog e estabeleceu conexões  com tantos sites diferentes, arrecadando tantas visitas que a revista de tecnologia inglesa The Register alegou que “não há maior leitor na internet do que Jorn Barger”. Blog tornou-se um verbo, nos termos brasileiros blogar, blogando e, em inglês, blogging.
bloggerAinda em 99 surgiu o serviço Blogger da Pyra Labs, que popularizou um formato simples e intuitivo de postagem de conteúdo para usuários não familiares ao assunto. O sistema também sempre permitiu a visualização de toda a linha de código da página, “instruindo” os clientes sobre o HTML. Era um produto consolidado, com potencial de gerar uma comunidade web inteira, que viria a ser chamada de “blogosfera”.
Esse fenômeno de “ler a web”,  apreender informações, inserir texto se tornaram as premissas principais dos blogs, espaços privilegiados de debate e opinião. Criou-se também uma cultura de comentários, dando espaço, através de um link, em todo e qualquer texto, para a pessoa inserir seu apontamento, sua observação, por escrito. O administrador do blog pode bloquear os comentários, pode tornar o conteúdo inteiro como oculto. Pode também codificar esse espaço na web para restringir acesso e muitos outros comandos. Designers e o pessoal das artes gráficas se especializaram em web para ensinar e ajudar outros fãs de informática na personalização de seus blogs, criando os famosos “templates”, que estilizam o fundo e as seções da página com desenhos, letras customizadas e cores diversas, fugindo de um formato padrão, uniforme.
Os picos de criações e audiência dos blogs surgem de 2000 para frente.wordpress Mesmo assim, sua interface gráfica, sua aparência, ainda era muito similar a de sites, gerando uma súbita decadência de uso entre 2002 e 2004. Progressivamente, com a entrada da megacompanhia Google, que comprou a Pyra Labs em 2003, e a criação do WordPress no mesmo ano, os blogs ganharam, pouco a pouco, ferramentas de outras mídias. Incorporaram vídeos do site Youtube, que também foi outra aquisição da Google, janelas de exibição de outros sites, estatísticas de visitas, publicidade que rende financiamento aos donos do endereço e maior facilidade de comandos para inserir todas essas ferramentas.
Os administradores de blogs também se profissionalizaram. Empresas contratam os chamados “blogueiros” para colocar, de maneira acessível ao público e ao mercado, materiais que podem ser comentados. Jornais colocaram colunistas para que escrevessem com mais regularidade seus comentários em blogs, acompanhando os fatos do dia-a-dia e conquistando visitas expressivas na web.
Nas grandes corporações, o blog constantemente ainda é tratado como um espaço onde mostra tudo o que é dispensável para o site, desvalorizando um pouco a produtividade dos comentários e das críticas. No uso pessoal, a maioria dos blog se restringe a cópia de textos, muitas vezes sem autorização, e ao relato individual, aos diários particulares. Entretanto, para criadores autônomos, o espaço é um canal de progresso digital, podendo atingir muitas pessoas em uma escala diferente da física.
Aos criadores eficientes de textos, vídeos e áudios, como o empresário Edney Sousa (do Interney), o criador publicitário Carlos Merigo (Brainstorm #9) e os jornalistas Luís Nassif e Ricardo Noblat, o espaço é um laboratório praticamente infinito de experiências criativas. O formato de texto nesses espaços é próprio e diferente do impresso: ora enxuto e direto, mas não como o jornal diário, ora longo ou repleto de links para outros textos, o que seria impossível fisicamente. Os vídeos e os áudios, especialmente de podcasts, passaram a ser incorporados aos blogs pelo sistemas agregadores, widgets.
blog!Por fim, para as pessoas que se interessaram pela história dos blogs, vale a leitura do livro blog! How the newest media revolution is changing politics, business and culture. A publicação, de 2005, é um copilado de entrevistas com blogueiros de muitas partes do mundo, organizadas pelos jornalistas David Kline , do The New York Times, e Dan Burstein, autor de best-sellers como a série de livros que falam de segredos do Código da Vinci (sim, aquele do Dan Brown).
Entre os entrevistados, destacam-se Robert Scoble, blogueiro e “evangelista técnico” (assistente na divulgação da marca) da Microsoft, que fala sobre a face mais humana que transparece de grandes corporações americanas ao utilizar blogs, ao contrário da chamada old media (TV, rádio, etc). Joi Ito também é outro personagem do livro, empresário aventureiro na web e que, em 2005, já foi o blogueiro nº 1 do Japão, considerado o segundo maior mercado de weblogs do planeta (perdem apenas para os Estados Unidos em atualizações e números de endereços). Por fim, é importante mencionar também a presença de Ayelet Waldman, novelista que, ao abrir sua intimidade em seu blog, teve seu casamento e vida pessoal salvos de uma tentativa de suicídio. Atualmente sua história foi transformada em livro.
O livro dá uma boa perspectiva sobre essa “nova tecnologia”, que já nem é mais tão nova assim, mas merece estudos mais concisos. Merece especialmente sobre seu potencial com leitores.