Origem dos Blogs
Com origens incertas, o blog é como a avalanche dos espaços na internet. Todos os relatos de servidores web
que começaram a usar “logs” em codificação HTML, o hipertexto, remontam
ao ano de 1999. Um homem fanático por tecnologia, a literatura
irlandesa de James Joyce e inteligência artificial da informática lançou
o primeiro web log, os dois termos que, flexionados, geram a palavra
blog. Nome dele? Jorn Barger. Seu site chama-se Robot Wisdom, com vários textos opinativos, denominados como posts ou postagens. A publicação foi a primeira a usar o termo blog e estabeleceu conexões com tantos sites diferentes, arrecadando tantas visitas que a revista de tecnologia inglesa The Register
alegou que “não há maior leitor na internet do que Jorn Barger”. Blog
tornou-se um verbo, nos termos brasileiros blogar, blogando e, em
inglês, blogging.
![blogger](http://blog.wiiarenerds.com.br/wp-content/uploads/2009/07/blogger.jpg)
Esse fenômeno de “ler a web”, apreender informações, inserir texto se tornaram as premissas principais dos blogs, espaços privilegiados de debate e opinião. Criou-se também uma cultura de comentários, dando espaço, através de um link, em todo e qualquer texto, para a pessoa inserir seu apontamento, sua observação, por escrito. O administrador do blog pode bloquear os comentários, pode tornar o conteúdo inteiro como oculto. Pode também codificar esse espaço na web para restringir acesso e muitos outros comandos. Designers e o pessoal das artes gráficas se especializaram em web para ensinar e ajudar outros fãs de informática na personalização de seus blogs, criando os famosos “templates”, que estilizam o fundo e as seções da página com desenhos, letras customizadas e cores diversas, fugindo de um formato padrão, uniforme.
Os picos de criações e audiência dos blogs surgem de 2000 para frente.
![wordpress](http://blog.wiiarenerds.com.br/wp-content/uploads/2009/07/wordpress.jpg)
Os administradores de blogs também se
profissionalizaram. Empresas contratam os chamados “blogueiros” para
colocar, de maneira acessível ao público e ao mercado, materiais que
podem ser comentados. Jornais colocaram colunistas para que escrevessem
com mais regularidade seus comentários em blogs, acompanhando os fatos
do dia-a-dia e conquistando visitas expressivas na web.
Nas grandes corporações, o blog constantemente ainda é tratado
como um espaço onde mostra tudo o que é dispensável para o site,
desvalorizando um pouco a produtividade
dos comentários e das críticas. No uso pessoal, a maioria dos blog se
restringe a cópia de textos, muitas vezes sem autorização, e ao relato
individual, aos diários particulares. Entretanto, para criadores
autônomos, o espaço é um canal de progresso digital, podendo atingir
muitas pessoas em uma escala diferente da física.Aos criadores eficientes de textos, vídeos e áudios, como o empresário Edney Sousa (do Interney), o criador publicitário Carlos Merigo (Brainstorm #9) e os jornalistas Luís Nassif e Ricardo Noblat, o espaço é um laboratório praticamente infinito de experiências criativas. O formato de texto nesses espaços é próprio e diferente do impresso: ora enxuto e direto, mas não como o jornal diário, ora longo ou repleto de links para outros textos, o que seria impossível fisicamente. Os vídeos e os áudios, especialmente de podcasts, passaram a ser incorporados aos blogs pelo sistemas agregadores, widgets.
![blog!](http://blog.wiiarenerds.com.br/wp-content/uploads/2009/07/blog.jpg)
Entre os entrevistados, destacam-se Robert Scoble, blogueiro e “evangelista técnico” (assistente na divulgação da marca) da Microsoft, que fala sobre a face mais humana que transparece de grandes corporações americanas ao utilizar blogs, ao contrário da chamada old media (TV, rádio, etc). Joi Ito também é outro personagem do livro, empresário aventureiro na web e que, em 2005, já foi o blogueiro nº 1 do Japão, considerado o segundo maior mercado de weblogs do planeta (perdem apenas para os Estados Unidos em atualizações e números de endereços). Por fim, é importante mencionar também a presença de Ayelet Waldman, novelista que, ao abrir sua intimidade em seu blog, teve seu casamento e vida pessoal salvos de uma tentativa de suicídio. Atualmente sua história foi transformada em livro.
O livro dá uma boa perspectiva sobre essa “nova tecnologia”, que já nem é mais tão nova assim, mas merece estudos mais concisos. Merece especialmente sobre seu potencial com leitores.
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